TIC Domicílios 2010: acesso ao computador e Internet nos domicílios continua a crescer, mas ritmo é menor
O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) divulga os resultados da sexta Pesquisa TIC Domicílios. Mais de 24 mil domicílios foram entrevistados em todas as regiões do Brasil sobre infraestrutura tecnológica nos domicílios brasileiros, perfil dos usuários brasileiros de computador e Internet, uso do computador e da Internet e mobilidade e portabilidade.
Realizada pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br), do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), a pesquisa apresenta resultados referentes a todo o Brasil, bem como recortes específicos para a área urbana e rural, presentes desde 2008.
Presença de computador e Internet
    Entre 2009  e 2010, a proporção de domicílios brasileiros no Brasil com computador passou  de 32% para 35%, representando um crescimento de 9%. Na área urbana, essa  proporção passa de 36%, em 2009, para 39%, em 2010, registrando uma taxa de  crescimento de 8%. Esses resultados mostram que a proporção de domicílios com  computador mais que dobrou na área urbana nos últimos seis anos, embora o  crescimento desse ano seja menor que o da pesquisa anterior. 
Em 2010, o acesso à Internet nos domicílios urbanos cresce 15% em relação ao ano anterior, taxa inferior à verificada em 2009, ano em que o crescimento foi o maior desde o início da série. A média anual composta do crescimento do acesso à rede nos domicílios brasileiros urbanos foi de 19% no período entre 2005 e 2010.
“Continuamos a verificar um aumento na presença dos computadores e da Internet; a oscilação do ritmo de crescimento é bastante natural e pode ser influenciada por inúmeros fatores socioeconômicos”, relata Alexandre Barbosa, gerente do CETIC.br.
Perfil do usuário de Internet
    Nota-se que  o maior crescimento proporcional de usuários de Internet está entre indivíduos  com baixa escolaridade, especialmente analfabetos/ ensino infantil, que passou  de 9% em 2009 para 13% em 2010; 43% dos entrevistados com ensino fundamental  que acessam a rede, perante 36% em 2009, representando 19% de crescimento.
Tipo de conexão à Internet
    Nessa  edição, percebe-se a queda de usuários de acesso discado, presente em apenas  13% dos domicílios da zona urbana, e um aumento proporcional das conexões de  banda larga fixa, que estão em 68% dos domicílios com acesso à Internet na zona  urbana do país. Os indicadores retratam, ainda, um aumento expressivo de  conexões de banda larga móvel, reflexo da ampliação de novas tecnologias  móveis, principalmente a tecnologia 3G.   
Verificou-se o crescimento expressivo das conexões de banda larga fixa, especialmente na zona rural do país: entre 2009 e 2010, a proporção de domicílios com conexão de banda larga cresceu nove pontos percentuais. Observa-se também que conexões de banda larga móvel (como o 3G), cresceram tanto nas áreas urbanas como nas rurais. Nas áreas urbanas, esse crescimento foi de 67% em relação a 2009 e nas áreas rurais foi de 63% em relação à edição anterior.
Local de acesso à Internet
    Em 2010,  observa-se crescimento considerável do acesso à Internet no domicílio. Entre o  total da população brasileira urbana, o crescimento foi de sete pontos  percentuais em relação à 2009. “Trabalho” (22%), “escola” (14%), “casa de  outras pessoas” (27%) e “centros públicos de acesso gratuito à Internet  (telecentros)” (4%) mantiveram os mesmos patamares da edição anterior.
Outro resultado bastante expressivo em 2010 foi a queda do uso da Internet em lanhouses. Em 2010, observa-se uma queda significativa de 10 pontos percentuais no total de usuários de lanhouses em relação à edição de 2009 para o Total Brasil. Embora essa tenha sido a queda mais expressiva da participação das lanhouses desde o início da pesquisa TIC Domicílios, elas continuam sendo o segundo lugar que os brasileiros mais utilizam para acessar a Internet. Para uma parcela considerável da população de baixa renda elas constituem uma oportunidade para a participação cidadã e para o trânsito no mundo cultural, educacional e de lazer, por meio das tecnologias de informação e comunicação.
O brasileiro na Era das redes sociais  na Internet
    No que se  refere aos brasileiros que usam as redes sociais, considerando a participação  em sites como Orkut e Facebook,  observa-se que é expressiva a proporção de internautas que participam dessa  atividade na rede.  A Região Nordeste  desponta como um destaque, alcançando a marca de 75% de internautas que fazem  uso de redes sociais, seguido das regiões Sul e Centro-Oeste, com 70%, Norte  com 68% e Sudeste com 67%.
Em relação à faixa etária, 82% os internautas mais jovens, na faixa de 16 a 24 anos participam de alguma rede social, uma diferença considerável de 12 pontos percentuais para os internautas entre 25 e 34 anos, faixa em que 70% dos internautas participam das redes sociais. Entre a população de usuários de Internet com idade acima de 65 anos, 45% fazem uso de redes sociais.
Barreiras para a Conexão de  Internet 
    As  barreiras para o acesso à Internet nos domicílios brasileiros estão associadas a  problemas de custo e de infra-estrutura.   Dentre os domicílios que possuem computador, mas não dispõem de acesso à  Internet, no Total Brasil observa-se que: 49% não possui acesso à Internet  devido ao alto custo do serviço e 23% pela falta de disponibilidade na área. A  falta de interesse (16%) e falta de habilidade (12%) são citações mais tímidas,  porém relevantes, pois refletem barreiras que não são referentes à infraestrutura,  mas à falta de apropriação da tecnologia pela população.
Barreiras para o uso da Web 
    Entre as  dificuldades encontradas pelos cidadãos no uso e navegação na Internet  relacionadas a acessibilidade, as principais se referem a “acessar sites ou páginas demora muito/ páginas  são muito pesadas” (37%), “não encontro a informação desejada no site” (22%), dificuldades relacionadas a  “ler um texto longo” (14%) e “acessar páginas com janelas que aparecem na tela”  (11%).  “É comum que as pessoas confundam  a Internet com sua interface gráfica, a Web”.
A busca pela mobilidade: o uso  das TICs o tempo todo e em qualquer lugar 
    Em 2010,  observa-se um crescimento expressivo de tecnologias que favorecem a mobilidade:  a proporção de domicílios com computadores portáteis (notebooks) e telefones celulares aumentou de maneira expressiva. 
A penetração dos notebooks nos domicílios brasileiros com computador cresceu mais de 60%, passando de 14% em 2009 para 23% em 2010. Ainda em relação aos computadores portáteis, o crescimento acontece especialmente em áreas urbanas e classes sociais mais elevadas. As áreas rurais apresentam estabilidade em relação à medição anterior: apenas 15% dos domicílios rurais possuem computadores portáteis. Por outro lado, nota-se um aumento expressivo da posse de computadores portáteis nas diferentes classes sociais: enquanto 70% domicílios da classe A que tem computadores possuem um notebook, nas classes C e DE, esse percentual cai pela metade.
Telefones celulares tiveram crescimento expressivo, especialmente entre os segmentos sociais menos favorecidos economicamente. Os maiores crescimentos proporcionais dos domicílios com telefone celular ocorreram na zona rural – crescimento de 10 pontos percentuais em relação a 2009; na região Nordeste – o total de domicílios com aparelho celular passou de 63% em 2009 para 77%; e na classe DE, na qual o crescimento de 2009 para 2010 foi de 9 pontos percentuais, passando de 54% em 2009, para 63% em 2010.
Sobre o  CETIC.br
  O Centro  de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br) é  responsável pela produção de indicadores e estatísticas sobre a disponibilidade  e uso da Internet no Brasil, divulgando análises e informações periódicas sobre  o desenvolvimento da rede no país. Mais informações em https://www.cetic.br/.
Sobre o Núcleo de Informação e  Coordenação do Ponto BR – NIC.br
  O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR —  NIC.br (https://www.nic.br/) é uma entidade civil, sem fins lucrativos, que  implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil. São  atividades permanentes do NIC.br coordenar o registro de nomes de domínio —  Registro.br (https://www.registro.br/), estudar,  responder e tratar incidentes de segurança no Brasil - CERT.br (https://www.cert.br/), estudar e pesquisar tecnologias de redes e  operações — CEPTRO.br (https://www.ceptro.br/), produzir indicadores sobre as tecnologias da  informação e da comunicação — CETIC.br (https://www.cetic.br/) e abrigar o escritório do W3C no Brasil (https://www.w3c.br/). 
Sobre o  Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br
    O Comitê Gestor da Internet no Brasil coordena e  integra todas as iniciativas de serviços Internet no país, promovendo a  qualidade técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Mais  informações em https://www.cgi.br/. 
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