10º Fórum da Internet no Brasil debate a cooperação digital e reúne especialistas da América Latina


24 SET 2020



Especialistas do Brasil, Uruguai, Panamá e Costa Rica compartilharam suas vivências e reflexões sobre como aprimorar a cooperação. Agenda do FIB10 segue até amanhã (25)

A cooperação digital foi o tema central da segunda sessão principal realizada hoje (24/9) no Fórum da Internet no Brasil, principal palco de discussões sobre a governança da Internet no País. A pauta, que é recorrente em debates realizados pelo IGF, evento global coordenado pela Organização das Nações Unidas, foi o alvo de atenção de especialistas do Brasil, Uruguai, Panamá e Costa Rica que estiveram presentes no painel on-line dessa tarde e compartilharam suas vivências em cada localidade – um esforço coletivo e troca de experiências e reflexões que buscam contribuir para o aprimoramento da cooperação digital sob uma perspectiva regional. Realizado pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), o FIB10 acontecerá até amanhã (25) e pode ser acompanhado ao vivo pelo canal do NIC.br no YouTube.

Cooperação Digital: uma perspectiva latino-americana

Permeado pelos resultados obtidos no relatório do Painel de Alto Nível sobre cooperação digital organizado pela ONU – traduzido para português e disponibilizado recentemente pela série de livros Cadernos CGI.br –, o painel abordou questões sobre como melhorar a cooperação digital no mundo com base nas recomendações e nos mecanismos propostos pelo painel de cooperação da ONU e pelo Roadmap lançado pelo Secretário-Geral da ONU. Além disso, foram discutidas as perspectivas para garantir uma maior cooperação digital na região da América Latina e do Caribe.

Demi Getschko, diretor-presidente do NIC.br destacou a posição do Brasil, que conta com uma das melhores infraestruturas de Internet no mundo a partir dos Pontos de Troca de Tráfego operados pelo NIC.br, e ainda ressaltou que “é fundamental mantermos a Internet única e coesa”. Na avaliação de Getschko, existem movimentos que geram ruptura e essa não é a proposta e nem o conceito da Internet e da cooperação digital. "Precisamos nos unir em defesa de uma Internet única e aberta como foi projetada e evitar esforços no sentido de gerar uma divisão e balcanização dessa rede que nos é tão cara", destacou.

Raúl Echeberría (consultor, Uruguai), acrescentou que “os problemas enfrentados pelo mundo digital não podem ser resolvidos por um único ator. É necessária a inclusão de várias esferas da sociedade e que essas atuem de forma ativa, para que possam interagir e gerar inovação”. Edson Prestes (UFRGS, Brasil), que acompanhou de perto e contribuiu com a produção do relatório do Painel de Alto Nível sobre cooperação digital da ONU, disse que “a segurança digital foi um dos problemas mais mencionados pela maioria dos países envolvidos e um dos principais pontos destacados como prioridade”. Ele reforçou ainda que “a adoção de mecanismos de cooperação digital é fundamental se quisermos construir uma sociedade mais justa”.

Também esteve presente nesta sessão principal do FIB10 Lorrayne Porciuncula (OCDE, Brasil), que destacou o papel que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico tem tido na América Latina. Porciuncula reforçou que os próximos passos necessários para que a região avance permeiam questões relacionadas ao acesso, garantindo que todos estejam conectados; uma maior difusão de tecnologias para pequenas empresas; mais incentivo à inovação e ao empreendedorismo; fomento da educação e do desenvolvimento de habilidades que gerem transformação digital, a garantia de um ambiente mais seguro a fim de gerar maior confiança e uma maior integração entre os mercados latino-americanos para que a região se eleve.

Lia Hernández (Ipandetec, Panamá), chamou a atenção para que “o governo e a sociedade civil façam parte das discussões sobre a cooperação digital e a governança da Internet”. Ela enalteceu ainda o Programa Youth, do CGI.br, que busca promover a participação de jovens nos espaços de debates sobre governança da Internet. "É uma forma de capacitar, de desenvolver habilidades para que os jovens liderem processos multissetoriais e possam nos substituir no futuro".

Em sua apresentação, Taís Niffinegger (Anatel, Brasil) reforçou que o Governo tem papel fundamental para assegurar o fomento à competição, sobretudo no desenho das políticas públicas para que o acesso à Internet seja universal. Ela reforçou ainda o problema com a segurança da Internet e que “a pandemia trouxe à tona as possibilidades e problemáticas relacionadas ao uso desse meio”. Por fim, Andrés Sastre (ASIET Uruguai) apontou que “os debates precisam sair dos fóruns de discussão para se tornarem parte do sistema como um todo. Precisamos do governo e da iniciativa privada participando de maneira conjunta”.  

 

A programação do FIB10 segue até sexta-feira (25) com workshops sobre os desafios pela igualdade racial nas TIC, rastreamento anônimo, jurisdição estatal na Internet, além de sessão principal que irá discutir a "Internet e as fronteiras da desinformação: desafios para o Brasil". Acesse a agenda completa: https://forumdainternet.cgi.br/programacao/agenda/2/, e reveja as discussões realizadas nessa semana: https://www.youtube.com/playlist?list=PLQq8-9yVHyOalNNpO5-pJ_mMwqjhsnbCg.

 

Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br

O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br (http://www.nic.br/) é uma entidade civil, de direito privado e sem fins de lucro, que além de implementar as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil, tem entre suas atribuições: coordenar o registro de nomes de domínio — Registro.br (http://www.registro.br/), estudar, responder e tratar incidentes de segurança no Brasil — CERT.br (http://www.cert.br/), estudar e pesquisar tecnologias de redes e operações — Ceptro.br (http://www.ceptro.br/), produzir indicadores sobre as tecnologias da informação e da comunicação — Cetic.br (http://www.cetic.br/), implementar e operar os Pontos de Troca de Tráfego — IX.br (http://ix.br/), viabilizar a participação da comunidade brasileira no desenvolvimento global da Web e subsidiar a formulação de políticas públicas — Ceweb.br (http://www.ceweb.br), e abrigar o escritório do W3C no Brasil (http://www.w3c.br/).

Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br

O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança e Uso da Internet (http://www.cgi.br/principios). Mais informações em http://www.cgi.br/.

 

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