CGI.br e NIC.br debatem indicadores para políticas públicas, Observatórios da Internet e participação de mulheres no IGF


12 NOV 2015



Atividades seguem até amanhã, último dia do fórum

O 10º Fórum de Governança da Internet (IGF na sigla em inglês) contou hoje com a participação de representantes do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br). Alexandre Barbosa, gerente da entidade e Fabio Senne, coordenador de projetos e pesquisas, participaram do workshop sobre a produção de indicadores para embasar políticas públicas.

"Os números devem ser confiáveis e a transparência metodológica é fundamental para a produção de pesquisas", enfatizou Fabio no início de sua apresentação. Para o coordenador os estudos demonstram quais são as barreiras e também os hábitos relacionados ao uso da tecnologia. "Descobrimos, por exemplo, que compartilhar a conexão Wi-Fi é uma prática comum entre vizinhos no Brasil", exemplificou.

As maneiras de estimular a aproximação entre produtores de estatísticas e gestores foram analisadas pelos palestrantes. Para Alexandre Barbosa, que moderou o debate, "é preciso promover a conscientização dos criadores de políticas públicas sobre a importância dos dados e como utilizá-los".

Outro tópico abordado no encontro foi o volume de dados produzidos pela indústria e o Governo que não estão disponíveis para a sociedade. "O problema não é a falta de dados, mas como eles estão acessíveis para os principais stakeholders", pontuou Fabio, que lembrou ainda a falta de consenso em torno do uso do Big Data para a produção de estatísticas.

"Nossa experiência mostra que é importante criar uma cultura de realização de pesquisas. O CGI.br tem feito isso por meio do Cetic.br há 10 anos", destacou. A produção de estatísticas do Cetic.br usa um processo multissetorial, com suporte de um grupo de mais de 200 especialistas da academia, organizações sem fins lucrativos e do Governo, que colaboram voluntariamente com a definição metodológica e processo de análise dos resultados das pesquisas. Conheça o trabalho realizado pelo Cetic.br: http://cetic.br/pesquisas/.

Observatórios da Internet

Também na tarde de hoje, o workshop “Construção de Observatórios da Internet” debateu as abordagens e desafios desse tipo de atividade. Segundo Diego Canabarro, da equipe de assessoria do CGI.br, os participantes do debate falaram sobre a criação de observatórios e mapas como subsídio para os diversos stakeholders. Eles apresentaram ainda o panorama geral da situação dos grupos pelo mundo, destacaram detalhes de seus nichos de atuação e falaram de prioridades para o futuro. Além disso, observa Diego, os palestrantes debateram o engajamento com a audiência no que diz respeito às oportunidades de colaboração e atendimento às necessidades dos usuários dos observatórios.

Diego disse ainda que o grupo procurou defender a ideia de que não é preciso, necessariamente, criar novos observatórios. “Tentamos deixar a mensagem de que, antes de criar os novos, é melhor conhecer e interagir com os que já existem, participando nos modos possíveis do seu desenvolvimento”, comentou. Como exemplo disso, Diego conta que os jovens do Youth@IGF já se prontificaram a colaborar.

Diego lembra que o debate e os esforços do grupo continuam por meio de uma lista de discussões da rede de “mappers” da Universidade de Nova Iorque e nos próximos encontros do IGF.

Para saber mais sobre o observatório brasileiro, acesse: http://observatoriodainternet.br/

Mulheres no IGF
Nathália Sautchuk, também da assessoria do CGI.br, mediou a mesa “Reforçando a participação de Gênero no IGF”. Ela conta que as palestrantes apresentaram dados sobre mulheres em IGFs nacionais e regionais. Segundo Natália, os números indicam que existe certo equilíbrio entre homens e mulheres como participantes dos Fóruns, mas que o mesmo não acontece na gestão do evento, tampouco nas mesas.

Natália lembra que o IGF tem por princípio garantir sempre a diversidade em suas atividades, entretanto, as mulheres ainda são menos representadas que os homens. Ela comenta ainda que as palestrantes alertam para a necessidade de se observar também o papel das mulheres nos setores que já figuram eventos como esses. Para elas, em geral, as mulheres atuam somente nas áreas de Humanas e muito pouco, nos setores técnicos. Elas entendem que é necessário que se estimule a maior ocupação também desses espaços.

Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br

O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br (http://www.nic.br/) é uma entidade civil, sem fins lucrativos, que implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil. São atividades permanentes do NIC.br coordenar o registro de nomes de domínio — Registro.br (http://www.registro.br/), estudar, responder e tratar incidentes de segurança no Brasil — CERT.br (http://www.cert.br/), estudar e pesquisar tecnologias de redes e operações — Ceptro.br (http://www.ceptro.br/), produzir indicadores sobre as tecnologias da informação e da comunicação — Cetic.br (http://www.cetic.br/), fomentar e impulsionar a evolução da Web no Brasil — Ceweb.br (http://www.ceweb.br/) e abrigar o escritório do W3C no Brasil (http://www.w3c.br/).

Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br

O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança e Uso da Internet (http://www.cgi.br/principios). Mais informações em http://www.cgi.br/.

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